Ensaio de corrosão em água sanitária: Inox 304 x Inox 201

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Neste artigo, iremos detalhar outros aspectos sobre o ensaio de corrosão em água sanitária (hipoclorito de sódio 2,5%), realizado pela Aperam em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo), como parte de um estudo  comparativo maior sobre corrosão em diversos tipos de aço inox. 

O ensaio de corrosão em água sanitária é bastante importante para o mercado de aplicações do aço inox, uma vez que este produto é usualmente utilizado para sua higienização cotidiana e pode ser agressivo para estes materiais.

A seguir, daremos ênfase ao aço inox 304, como representante da série 300, e ao aço inox 201, como amostra da série 200.

Breves descritivo sobre a água sanitária

A solução de hipoclorito de sódio, mais conhecida como água sanitária ou cândida, foi adquirido em um supermercado comum, de maneira aleatória em recipientes de 2L.

Dessa forma, o produto foi escolhido para representar uma situação real, sem diluição (visando acelerar o processo corrosivo) ou filtração.

A concentração de hipoclorito era de 2,5% e seu pH inicial era de 12,32.

Composição química dos materiais comparados

Organizamos em uma a análise química realizada para as amostras de aço inox utilizadas no estudo, de maneira comparativa com os valores de composição química especificados em padrões internacionais.

Irregularidades na composição do aço inoxidável denominado “201”

Algo relevante a ser mencionado para o mercado é em relação à composição química dos aços inoxidáveis ensaiados, nos ensaios realizados pelo IPT.

Infelizmente, constatou-se que boa parte da amostragem de composição química da série 200 – ou família 2XX – não seguiram os padrões de normas internacionais atuais, como a ASTM A240/240MStandard Specification for Chromium and Chromium Nickel Stainless Steel Plate, Sheet, and Strip for Pressure Vessels and for General Applications.

Pode-se observar que as amostras dos denominados no mercado como “201” não seguem a norma para o aço AISI 201 (UNS S20100), como é possível observar nos resultados destacados em vermelho.

Foram encontrados valores fora de norma para os elementos Ni (níquel), que ficou abaixo do mínimo 3,5%, e Mn (manganês), que se apresentou superior ao valor máximo de 7,5%. Os valores para ambos os elementos foram em 1,16% e 9,44%, respectivamente.

Procedimento e resultados

As amostras dos aço inox foram submersas em água sanitária por 14 dias, mas foram checadas com regularidade. Abaixo, temos o aspecto dos corpos de prova dos diferentes aços dentro da solução de hipoclorito de sódio 2,5% após 1 dia de ensaio:

Assim, ao término do período, foi possível observar que os aços inoxidáveis da família 200 apresentaram a maior susceptibilidade à corrosão por pite, em solução de água sanitária.

Dentre os mais resistentes, os aços 340 e o aço 439 se mostraram equivalentes, apresentando melhor performance geral.

Na tabela abaixo, podemos ver, de maneira simplificada, a classificação relativa de desempenho quanto à resistência à corrosão por pite em água sanitária.

Conclusão

Em suma, é possível observar que as séries de aço inox 300 e 200 possuem performances totalmente distintas entre si, até mesmo em um agente de sanitização comum, como a água sanitária.

Fora isso, constatamos nos ensaios realizado pelo IPT que boa parte das amostras de aço denominado “201” no mercado não seguem normas internacionais, como a ASTM A240/240M, para o aço 201.

Isso demonstra que, além dos prejuízos previstos ao substituir um aço inoxidável da série 300 por um da série 200, você pode acabar adquirindo um produto ainda mais inferior, abaixo dos padrões esperados e de normas internacionais de qualidade.

Por isso, procure adquirir o seu aço inox em distribuidores de confiança, que apresentem certificados de qualidade e possuam uma presença bem estabelecida no mercado. 

Para adquirir aço inox com garantia de qualidade, conte sempre com a Aperam Serviços & Soluções.

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